Notícia
05/03/2012
Lucratividade da Agricultura: Análise do Dr. Eliseu Alves, ex-presidente da Embrapa.
Eliseu Alves, Geraldo da Silva e Souza e Daniela de Paula Rocha falam neste artigo sobre a Lucratividade da agricultura
Eliseu Alves
O artigo considera a concentração do valor da produção e a renda líquida. Procura mostrar que a
concentração da produção, os dados mostram ser ela muito alta, está fortemente ligada à modernização da
agricultura. Daí decorre que o Brasil enfrenta problema grave de difusão de tecnologia, qual seja de fazer
a tecnologia chegar a milhões de estabelecimentos que contribuíram muito pouco para a produção.
A lucratividade da agricultura é medida pela renda líquida do estabelecimento. Se igual ou maior
que zero se classifica o estabelecimento como bem sucedido; caso contrário, mal sucedido. A comparação
se faz entre o grupo bem sucedido e o outro, e nunca com uma situação ideal. Assim, o que um grupo faz
o outro pode imitar. Da análise emergem as seguintes conclusões: como a pequena produção gastou muito
menos por hectare, ela está sofrendo discriminação pelo mercado ou discriminação que depende da personalidade do agricultor; os produtores mal-sucedidos têm, por estabelecimento, maior área e maior patrimônio. Ou seja, fracassam na gestão dos recursos que comandam; e eles, ainda, obtêm produtividade
por hectare e total dos fatores muito menores que as dos bem-sucedidos. Daí decorre que não sabem administrar a tecnologia, considerando-se as restrições e os preços relativos que vigoraram em 2006, ano a
que se refere o Censo Agropecuário 2006. E não sabem administrá-la porque desconhecem seus parâmetros, erram nas previsões de preços, enfrentam restrições intrínsecas e de mercado instransponíveis e,
ainda, não têm a disciplina necessária. Duas recomendações emergem para extensão rural: ensinar administração rural e ensinar aos agricultores monitorarem a aplicação da tecnologia.
O governo tem papel importante na eliminação das restrições de mercado: risco de preços e de
clima, acesso ao crédito rural, sendo competitivo no mercado internacional, acesso à tecnologia moderna
e infraestrutura de transporte, portos e aeroportos. Quanto às restrições intrínsecas, principalmente a aversão ao risco, cabe à extensão rural enfrentá-las.
Para você ler este artigo na íntegra, basta clicar AQUI!
Fonte: Polo de Excelência em Florestas
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Comentário(s) (0)
CIFlorestas disse:
21/01/2021 às 09:23
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